Tendência é da região ser cada vez mais cosmopolita.
José Mauro Floriano | Foto Divulgação
Era uma madrugada de fevereiro de 1962, quando minha mãe entrou rapidamente nos corredores do Hospital Santo Agostinho, na avenida João Pinheiro, quase esquina da Rua Duque de Caxias. Não demorou muito e eu nasci. Morava próximo à linha férrea da Mogiana, perto da CALU. Minhas primeiras lembranças se originam do ano de 1967. Me mudei para a Rua Jataí entre as avenidas Afonso Pena e João Pinheiro. Não havia TV em minha casa. Meu amigo Gerson Menezes de Faria e eu caminhávamos até o início da avenida Afonso Pena para ver as TVs HALLEY fabricadas pelos irmãos Simão. Finalmente, meu pai comprou uma delas em 1969, obviamente, a imagem era preto e branco. Assistimos, em família, à transmissão do astronauta Neil Armstrong a pisar na lua em 1969 e, no ano seguinte, assistimos aos jogos da melhor seleção brasileira que já vi até hoje, vencedora da Copa de 1970. À partir daquela época, Uberlândia se desenvolveu fortemente. Me lembro muito bem dos prefeitos Renato de Freitas e Virgílio Galassi, que se revezavam na prefeitura e faziam obras futuristas e gigantescas.
Posso citar: Rodoviária e Praça Sérgio Pacheco em 1976, canalização da avenida Rondon Pacheco em 1981 e a construção do Parque do Sabiá, inaugurado em 1982. Com apoio de lideranças políticas como o governador Rondon Pacheco e de deputados como Valdir Melgaço, Ronan Tito, Homero Santos, Pedro Gustin, Zaire Rezende, Luiz Humberto, Odelmo Leão, dentre muitos outros, viabilizaram recursos federais e estaduais, criando e ampliando universidades e trazendo empresas nacionais e internacionais para a cidade. Na minha adolescência, lembro-me de algumas empresas como ASPASA, Granja Rezende, CTBC, Grupo Carfepe, Instituto Vallée, Armazéns Martins, Armazém Peixoto, Armazém do Comércio, distribuidores de petróleo como Stefani e Faleiros, onde seus acionistas e famílias foram também visionários e deixaram seu legado que permanecem até aos dias de hoje. Vale aqui uma reflexão: quais visionários estamos tendo o prazer de conviver, ouvir e apoiar? Quais são os seus projetos para os próximos 100 anos? Uberlândia possui alguns ótimos desafios que podemos citar: a construção de vias rápidas, linhas para os VLTs e trens de alta velocidade, rodovias e semáforos inteligentes, construções de residências e centros comerciais sustentáveis, educação e preparação das crianças, adolescentes e jovens para as demandas e qualificação das profissões do futuro, dentre outros. Por conhecer parte da história, potencialidades e características de Uberlândia, assim como das nossas cidades do entorno, como Uberaba, Araguari, Monte Carmelo, Ituiutaba, Indianópolis, onde já residem inúmeras empresas e cidadãos estrangeiros, podemos considerar que já temos uma região cosmopolita e a tendência é ser cada vez mais. Portanto, com um toque de audácia, ambição e orgulho característicos do povo que aqui reside, posso visualizar que em 2124 nossa região será chamada de “Nova Iorque do Triângulo”. Feliz aniversário Uberlândia! Parabéns uberlandenses e uberlandinos!
José Mauro Floriano é Corretor e Avaliador Imobiliário. MBA Gestão Empresarial. Especialista em Gestão Empresarial e Investimentos em Negócios Inovadores
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