Diante dessa crescente urbanização, a verticalização da cidade vem como uma solução para acomodar o aumento populacional e a demanda por espaço
Alitéia Milagre | Fotos Marlúcio Ferreria | Divulgação
O padrão de unidades verticais em ascensão indica que Uberlândia tem uma ocupação contínua e uma urbanização vertical acelerada. De acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2024, o crescimento da população de Uberlândia foi de 5,9% em relação a 2023, o maior da região.
Atualmente, são 754.954 habitantes, sendo o segundo município mais populoso de Minas Gerais e a maior cidade do Triângulo Mineiro. Diante dessa crescente urbanização, a verticalização da cidade vem como uma solução para acomodar o aumento populacional e a demanda por espaço.
É uma tendência que se consolidou e deve impulsionar o mercado imobiliário brasileiro. De acordo com o Censo do IBGE de 2024, 12% dos brasileiros vivem em apartamentos. Com tamanha pujança do mercado imobiliário, a verticalização é uma importante alternativa para reduzir o déficit habitacional da cidade de acordo com a secretária de Planejamento Urbano, Roberta Braga de Paula Nogueira.
Ela explica que embora a cidade ainda tenha muitos lotes disponíveis para a construção de residências unifamiliares, o custo de implantação de residências multifamiliares é menor, possibilitando a produção de mais moradias, bem como reduzindo os custos associados ao processo de urbanização, evitando o excessivo espraiamento da cidade e, consequentemente, a demanda por infraestrutura básica e complementar.
Ou seja, a verticalização permite, assim, uma cidade mais compacta e que aproveita melhor a infraestrutura já instalada. Junto ao processo de revisão do Plano Diretor, cabe à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, a atualização das Leis de Parcelamento do Solo, do Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo e do Código de Obras.
“Dentro da perspectiva de ordenar o crescimento sustentável da cidade, a legislação está sendo revista no sentido de estimular a verticalização junto aos principais eixos de transporte, bem como no hipercentro e subcentros comerciais, de forma a estimular uma cidade mais compacta e baseada nos princípios da “cidade de 15 minutos”, estimulando a utilização de fachadas ativas e fruição pública, de forma a promover mais espaços de uso misto para interação da população e, consequentemente, gerar menos viagens de média e longa distância pela população”, diz a secretária.
Pesquisa sobre o mercado da construção civil realizada pelo Grupo Brain, encomendada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-TAP), reforça esse enorme crescimento da verticalização em Uberlândia, frente à construção de casas, tendência que tem perdurado ao longo dos últimos anos.
De acordo com o levantamento, no segundo trimestre deste ano, 11 imóveis foram lançados no mercado, totalizando 1260 unidades, frente ao mesmo número no 2º trimestre de 2023, com 879 unidades. Somente no 2º trimestre de 2024 o VGV foi de R$ 397,2 milhões. Fazendo um panorama do primeiro semestre de 2024, foram lançados 24 empreendimentos verticais, totalizando 2372 unidades, contra quatro horizontais com 1034 unidades.
A pesquisa mostrou ainda que as vendas do mercado residencial vertical no semestre deste ano foram de 2.741 unidades vendidas, contra 1.209 unidades horizontais comercializadas.
Esse cenário promissor também reflete nas operações de construtoras e incorporadoras locais. Segundo Ricardo Silvestre Arantes Teixeira, sócio-administrador da Megaforte, especializada em construções e reformas residenciais, prediais e comerciais, o aumento populacional e a expansão da verticalização têm impulsionado a demanda por habitação e infraestrutura, impactando diretamente o planejamento da empresa.
“Com o crescimento da cidade, estamos projetando o lançamento de cerca de 100 unidades habitacionais anualmente nos próximos anos, o que nos permite acompanhar essa tendência”, destaca Teixeira. Segundo Efthymios Panayotes Emmanuel Tsatsakis, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (SindusconTAP), diversos fatores levam as pessoas a optarem por moradias em edifícios verticais.
Entre os principais motivos estão maior segurança, especialmente diante das crescentes desigualdades sociais e das limitações da segurança pública em garantir a tranquilidade da população, o acesso a bens de uso coletivo, como piscinas, saunas, academias, brinquedotecas, por exemplo. Tsatsakis ainda destacou a proximidade de serviços essenciais e a diversidade de tipologias de apartamentos.
Investindo no potencial de verticalização
Uma das empresas que investe em imóveis verticais de alto padrão, alto luxo e alta renda desde 1994 é a CS Franco Construtora, especialista em empreendimentos com projetos arrojados e detalhes únicos. A CS Franco já lançou 16 empreendimentos verticais, sendo 15 já entregues. Os últimos foram Residencial Ghaia, Edifício San Lorenzo, Ed Cristallo, Residencial Novare Colina, Residencial Alta Vista Liberdade. Um dos sócios, o engenheiro civil Daniel Franco afirmou que somente na Morada da Colina foram entregues 72 unidades, no Saraiva 80, no Martins 20 e no Santa Maria 34, totalizando um VGV de R$ 220 milhões.
“Para 2025 novos lançamentos estão previstos nos bairros Morada da Colina e Altamira”, conta. Quem também tem aproveitado as oportunidades da cidade para atender às necessidades de quem ainda pretende adquirir um imóvel é a Perplan, referência no setor com sua expertise em construir produtos de destaque, elaborados de acordo com as particularidades de cada praça.
A empresa está conectada com as principais tendências do mercado imobiliário dos grandes centros nacionais e internacionais, observando desde arquitetura, design até tecnologias que possam ser incorporadas. Seus diferenciais contemplam um conjunto de fatores que vão desde localização, design, detalhes de planta, qualidade construtiva, acabamento, estratégia de marketing e comercial, além de entregas consistentes. O intuito é buscar diferenciais que possam ser adaptados culturalmente e implementados nas cidades que atua.
Os projetos da Perplan aliam sofisticação, funcionalidade e bem-estar, oferecendo plantas inteligentes e áreas comuns bem planejadas. Seus empreendimentos são projetados para criar espaços que beneficiem a qualidade de vida, com áreas de lazer bem equipadas, pensando sempre na usabilidade do morador, espaços com pé-direito duplo em ambientes principais, integração entre living e varanda, e tecnologias que priorizam conforto e segurança. A marca também busca estar à frente das tendências do mercado, com foco na eficiência, design contemporâneo e experiência do usuário. Com foco em empreendimentos de médio-alto e alto padrão, em Uberlândia, a Incorporadora já lançou sete empreendimentos, entregou dois, em breve entregará o terceiro, e tem previsão de lançar um empreendimento este ano e dois em 2025. “O sucesso dos nossos empreendimentos imobiliários está diretamente relacionado à localização, ao atendimento de demandas específicas do público-alvo e à qualidade construtiva. A marca Perplan cresceu muito nos últimos anos em Uberlândia. O fato de oferecermos projetos únicos, com plantas e fachadas diferenciadas, nos destaca em relação a outras incorporadoras do mercado. Além disso, nosso diferencial está em uma gestão comprometida desde o desenvolvimento do projeto até a entrega da obra e pós-ocupação, garantindo a qualidade Perplan, que nos posiciona como referência em confiabilidade na cidade”, explica o diretor de Incorporação, Rafael Batista.
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