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Foto do escritorPalmira Ribeiro

Uberlândia é parte da história dos novos desembargadores

Juízes celebram novos desafios diante de instalação do TRF-6 no Estado e promoção de cargo no TJMG.


Por Palmira Ribeiro

Fotos Divulgação


Recentemente, Minas Gerais ganhou destaque com a posse de novos desembargadores após a instalação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) e nomeação de promoção por merecimento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ambos em Belo

Horizonte. No caso do TRF-6, foi atendida uma antiga demanda por causa do grande número de processos do Estado que tramitavam no TRF da 1ª Região (com sede em Brasília) que abrangia outras 13 unidades da Federação. Somente Minas Gerais contava com mais de 30% de todos os processos do TRF-1.


A nomeação do presidente Jair Bolsonaro foi um momento histórico para o Poder Judiciário. Ao todo, o TRF-6 conta com 18 juízes e, entre os desembargadores federais nomeados para a primeira composição, está Lincoln Rodrigues de Faria, indicado à promoção por antiguidade. Para ele, que atuou por anos em Uberlândia, ser promovido ao cargo é o coroamento da carreira, o final que todo juiz almeja.

Trajetória

Lincoln Rodrigues de Faria nasceu em Canápolis (MG). Mudou-se para Uberlândia em 1979, aos 14 anos de idade. Estudou no Museu em 1980, graduou-se em Direito na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 1987 e exerceu as funções de Promotor de Justiça em Minas Gerais de 1989 a 1992, nas Comarcas de Monte Alegre de Minas, Patrocínio e Uberlândia. Lincoln foi o 1º Procurador da República em Uberlândia, tendo assumido em 1992, e se tornou Juiz Federal em 1993. Entre os principais destaques da carreira está a responsabilidade frente a instalação na cidade da 1ª Procuradoria da República do interior de Minas.


Promovido em agosto deste ano ao cargo de Desembargador Federal do recém-criado TRF-6, sabe do desafio que tem pela frente e relembra o caminho até aqui. “Fui o primeiro advogado de Canápolis e sempre dei muito valor aos estudos. Quando minha família se mudou para Uberlândia foi visando exatamente o futuro. Ao ingressar no Direito da UFU já fui me direcionando para seguir com a pretensão de ser Juiz Federal. Prestei concursos, passei e optei por ser Procurador da República, já que na época o Procurador Geral da República me prometeu instalar a 1ª Procuradoria da República no interior de Minas. Enquanto Procurador consegui este feito marcante. A sala se resumia a mim e até queriam que eu trabalhasse em Belo Horizonte, mas conseguimos ficar dentro da Justiça Federal em Uberlândia”, lembra.


Com orgulho da história e trajetória, Lincoln observa que a UFU já formou vários desembargadores estaduais, mas que ele foi o primeiro oriundo da Faculdade de Direito a

se tornar federal. Segundo ele, a instalação do TRF-6 em Minas é o merecimento de uma luta de 20 anos. Foram muitos atores envolvidos na criação do TRF-6 em Minas Gerais, como juízes, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público.


“Realmente havia a necessidade de um Tribunal para dar celeridade aos processos. Participar disso é o coroamento da carreira para ter a possibilidade de atuar em uma instância acima e analisar recursos. É um novo desafio, mas também tem a ver com o meu sonho de 29 anos e de bons tempos em que vivi em Uberlândia e projetei o futuro. Espero que Uberlândia continue sendo progressista, mesclando com o cuidado que sempre teve com o seu povo para poder aprimorar o ser humano que nela reside”, revela.

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Também em agosto, o TJMG nomeou novos desembargadores. José Luiz de Moura Faleiros, que viveu e atuou por anos em Uberlândia, foi um dos promovidos e falou sobre o sentimento de felicidade e gratidão pela carreira.


“Estou muito feliz porque o TJMG está entre o segundo e o terceiro maior Tribunal do país. Temos uma estrutura magnífica em Belo Horizonte e fui convocado em 2019 para substituir na 8ª Câmara Criminal. Lá permaneci durante quase um ano e, em seguida, tive convocação para substituir na 7ª Câmara Criminal. No final de junho deste ano começou o processo de votação que propiciou minha promoção por merecimento. Então, consumou-se o processo e eu, que estava designado como substituto por um mês e 10 dias na 1ª Câmara Criminal, fui promovido por merecimento para a 11ª Câmara Cível, ainda por permuta, mas no dia seguinte aqui já permaneci como titular”, comemora Faleiros.


O desembargador, que é natural de Franca (SP), disse que tem um grande carinho por Uberlândia e que espera contribuir para resolução de muitos processos nesta nova etapa.


“Aos 22 anos fui o prefeito mais jovem da cidade em que nasci, trabalhei e investi no setor de couro e açucareiro no interior de São Paulo, mas foi em Uberlândia que alimentei o desejo de um dia poder não só trabalhar, mas viver com a minha família e crescer profissionalmente. E foi o que aconteceu após ter sido aprovado na OAB em 1992/93 e passado a integrar o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Estive em muitas Comarcas, mas em 1997 cheguei em Uberlândia e comecei a realizar o sonho. Na época, a cidade tinha aproximadamente 500 mil habitantes e havia apenas duas Varas. Na 1ª Vara, a qual fui promovido por merecimento, tínhamos um volume de trabalho muito grande. Lembro que desenvolvi um trabalho nas antigas dependências do Fórum e era complicado porque havia falta de estrutura, porém, logo foi tudo sendo melhorado e o quadro de servidores aumentado. E lá se foram 23 anos aproximadamente de muitas glórias e realizações. Uberlândia me proporcionou grandes

conquistas e a maior delas foi ser visto pelo TJMG em 2019, quando fui convocado para ser desembargador substituto. Me sacrifiquei em sair da cidade que escolhi como a minha segunda natal, mas sigo mantendo laços profissionais, pois integro quadro como professor em uma faculdade, e laços sentimentais e de amizade”, enaltece.


Com o novo cargo, Faleiros seguirá tomando decisões colegiadas na capital mineira, de

processos que envolvem todo o Estado.

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