Por Thais Pereira
Foto Divulgação
Seguro de vida? De jeito nenhum! Eu não vou morrer tão cedo”. Foram inúmeras as vezes que ouvi comentários como esse ao longo dos últimos 13 anos trabalhando com proteção financeira. É claro que essa é uma das funcionalidades de um seguro de vida, o respaldo financeiro ao beneficiário quando alguém parte. Porém, em um mundo extremamente dinâmico, com um crescimento assustador neste segmento, o que mais essa ferramenta pode entregar?
Em se tratando do mercado financeiro, as pessoas estão procurando atingir cada vez mais cedo a sonhada “Independência Financeira”. São anos de sacrifícios, privando-se muitas vezes de alguns confortos com o objetivo de formar uma reserva ou um patrimônio que sirva como garantia de uma vida mais tranquila. Trabalho duro, jornadas por vezes exaustivas, renúncias de projetos pessoais, adiamento da realização de sonhos, vale tudo na hora de planejar um futuro mais “seguro”.
O que nunca se planeja - graças a Deus - é que algum imprevisto possa acontecer no meio do caminho, enquanto se constrói esse castelo. Aqui não estamos falando de morte, até porque, para um jovem, solteiro, sem filhos, essa é a menor das preocupações. Já o diagnóstico de uma doença em um momento em que se está construindo toda uma vida financeira, ou um acidente que gere uma invalidez, uma internação não programada e até mesmo uma mão quebrada dependendo da profissão, pode acabar com uma reserva de anos em questão de meses ou até mesmo dias.
Neste momento ter plano de saúde, que vale lembrar, é muito necessário, não vai resolver problemas como a manutenção do seu padrão de vida, o pagamento dos seus compromissos e até mesmo o próprio pagamento do plano de saúde, que em uma situação de ausência de renda pode ser comprometido. Foi este cenário que levou empresas de seguro no mundo todo a modernizarem seus produtos, aumentando significativamente seus portifólios e atendendo clientes jovens e que não se preocupam com o fator morte. Está cada vez mais claro para o mercado que, antes mesmo de começar a investir e formar patrimônio, é preciso criar estratégias de proteção. Não faz sentido algum por a perder anos de trabalho por momentos de turbulência passageira.
Ao contrário do que se imagina, essas garantias costumam ter um custo extremamente acessível, são customizadas de acordo com o perfil de risco de cada cliente e podem ser ajustadas à medida em que a realidade financeira vá mudando. Esse é o tipo de decisão que precisa ser tomada enquanto se pode, e aqui não falo de condição financeira e, sim, de condição de saúde.
Uma decisão tão pequena e ingênua hoje, pode amanhã salvar anos de trabalho e até mesmo garantir dignidade enquanto se passa por um momento delicado e temporário em algum tratamento. Nunca vi em todos esses anos alguém olhar para trás e ficar decepcionado por ter contratado uma garantia dessas e não ter usado - o que seria uma bênção - mas já presenciei o contrário algumas vezes. Pessoas inteligentes tomam decisões inteligentes! Pra você, seguro De vida ou seguro EM vida?
* Thais Pereira é especialista em sucessão patrimonial e há 13 anos atua no mercado de seguro de vida.
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