Saiba como manter seu negócio financeiramente positivo com as devidas observâncias necessárias neste início de ano.
Por Leonardo Canuto
Fotos Divulgação
Com o começo de um novo ano, os empreendedores conjugam as metas e planejamentos para o início do outro ciclo. No âmbito do aconselhamento jurídico, um ponto de atenção para este período são os contratos vigentes, com destaque para a observância dos valores, índices de reajustes e datas e adimplência e inadimplência. Isso para que se tenha como montar um fluxo de caixa e estimar os “custos x receitas”.
Destaco que, independente do segmento e tamanho do negócio, conhecer os custos reais é de suma importância para qualquer tido de negócio.
O fluxo de caixa mostra o comportamento das movimentações financeiras do negócio e permite que seja identificado para onde o dinheiro está indo. Ele é necessário para uma boa saúde financeira porque vai identificar gargalos e fontes de desperdício de recursos, pois não raras vezes existem gastos superiores ao admissível para o negócio ou completamente desnecessários.
Um outro responsável por minar as receitas consiste no pagamento de horas extras aos colaboradores. As horas extras devem fazer sentido para o negócio e faturamento, observando que quanto mais colaboradores fizerem horas extras e quanto maior for essa quantidade de horas, mais o seu negócio precisa desembolsar recursos sem necessariamente ter receita compatível com as horas em trabalho extra.
Já a revisão periódica de contratos com fornecedores também pode ser uma forma de redução nos custos de maneira geral: deve-se observar índices de renovação dos valores contratados e se o valor é compatível com a necessidade ou demanda do negócio evitando outra forma de desperdício financeiro. Os pagamentos pontuais das obrigações financeiras também são uma forma de minorar custos desnecessários, visto que os pagamentos em atraso têm dois efetivos negativos sobre as finanças: a cobrança de juros e multas e a desorganização de todo o planejamento financeiro.
E quando se fala em economizar, o estoque é um dos grandes vilões, uma vez que se ficar grande demais há muito capital imobilizado. Já um estoque muito pequeno leva ao desabastecimento, gerando como resultado a necessidade de se comprar em cima da hora o que normalmente é mais oneroso. Para evitar problemas como esse é importante alinhar e otimizar a gestão de compras, garantindo um controle de estoque de qualidade.
Outro ponto de grande acerto com viés de redução de custos é focar em um planejamento tributário, dependendo da escolha da empresa é possível aproveitar créditos fiscais, pagar menos impostos e, com isso, reduzir as despesas.
Além disso, nem toda atividade desempenhada pela sua empresa precisa ser, necessariamente, realizada internamente, assim, vislumbre a hipótese de terceirizar o que for possível e não for ligado à atividade-fim do seu negócio.
Concluindo: para economizar dinheiro no seu negócio é preciso que haja um orçamento financeiro identificando os custos flexíveis e não flexíveis, fazer um planejamento financeiro coerente com a realidade do negócio, estabelecer metas, pagar pontualmente as obrigações financeiras, entender sobre juros e obrigações e montar uma reserva de emergência.
Leonardo Alves Canuto, OAB/MG 97.039 - leonardo@ecaa.adv.br
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