“Cuide da sua lavoura como se fosse seus filhos”
Publi Editorial
Fotos Divulgação
O agronegócio é o grande alicerce econômico do Brasil e responsável hoje por 24% do nosso PIB (Produto Interno Bruto). Um universo onde empreendedorismo e tecnologia se unem para bater, a cada ano, recordes históricos de produção de grãos e alimentos. Um dos personagens que se destacam neste universo é Saul Ferreira de Paula Filho, 40 anos de idade, natural de Ituiutaba-MG e referência do agronegócio na região do Pontal do Triângulo. Confira um pouco da sua trajetória neste bate-papo conosco.
Qual é o potencial do Pontal do Triângulo no agro?
Mesmo exuberante em termos de produção, o nosso Pontal ainda tem muito o que melhorar, principalmente na questão da logística de armazenamento.
Como você descobriu sua vocação para o agro?
Desde 1945, meus tios e primos são todos lavoristas no município de Capinópolis, mas eu descobri a vocação de produtor com um amigo meu chamado Tailson, da cidade de Canápolis. Assim que comecei minhas atividades neste ramo tive ajuda e incentivo de vários e importantes amigos, como Zé Antônio Maximiano, Bruno Tano e Rodrigo Tano.
Quais os principais desafios que você enfrentou?
Meu maior desafio foi aprender a correção do solo para chegar ao objetivo principal que é a produção. Uma lavoura começa de baixo e todo ano este solo tem que ser analisado com cautela e os procedimentos necessários.
Nos últimos anos enfrentamos crises, mas também oportunidades. Como você lidou com isso?
As maiores dificuldades que tivemos foi o valor de compra de produtos e venda final incerta do grão produzido. Eu me empenhei muito em procurar preço, visando custo baixo sem tirar a qualidade da lavoura.
Qual a importância da sua família neste processo?
Posso dizer que a família é a base de tudo, por isso meu crescimento está sendo dia a dia. Meu pai, meu irmão, minha esposa e meus filhos me apoiam e ajudam muito.
Qual a cultura e formato do seu negócio?
Nossa cultura de grãos está entre soja, milho e sorgo. Por enquanto planto sequeiro, mas tenho um projeto em andamento de dois pivôs de irrigação em parceria com o amigo Arlindo Maximiano Drummond. Após consolidar este projeto, pretendo ampliar para a cultura de feijão e talvez algodão.
O clima da região favorece as lavouras da nossa região?
Sim, o clima é favorável, tanto que a cada a produção aumenta mais.
Qual foi a produtividade por hectare nessa safra? Maior que ano passado?
Nossa média geral fechou em 80.3 sacas por hectare. Foi um ano atípico, com bastante chuva e sem doença. E a produção subiu uma média de 10 sacas por hectare em relação à safra passada.
Você acredita que a safrinha este ano será superior ao ano anterior?
A safrinha é um risco grande. É difícil dizer com certeza como vai ser, principalmente na cultura do milho. Porém, com fé em Deus, creio que a produção será maior que que no ano passado.
Quais as maiores dificuldades do empresário do agro nessa pós-pandemia e agora com a Guerra da Rússia?
A maior dificuldade já está sendo a falta de insumos e os preços do custo sem saber como vai ser a venda final do produto. Um cenário bastante incerto para todos nós produtores.
Qual será o grande desafio nesse segmento para os próximos anos?
Eu acredito que o maior desafio vai ser produzir com pouco custo para poder garantir algo para o próximo ano. O mercado está muito instável.
Que incentivos seriam essenciais no âmbito estadual e federal para o agro?
O que melhoraria muito seria um incentivo estadual para que o produto tenha seu próprio armazém e subsídio de alguns produtos agrícolas.
Qual mensagem você deixa para jovens, como você, que tem oportunidades no agro?
Minha mensagem é acreditar sempre nas suas ideias e nunca pensar que sabe tudo, tirar suas dúvidas com amigos produtores, agrônomos e parceiros, nunca ter sua lavoura como uma planta qualquer. Cuide de cada uma delas como se fossem seus filhos. Gostaria de deixar aqui meus sinceros agradecimentos à família Maximiano Drummond, referência do Pontal e que muito me orienta nessa jornada.
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