No cenário brasileiro, há uma cautela maior com as contas públicas, mas um cenário externo robusto deve manter o país nos trilhos
Jonei Junior Lazaretti | Fotos Divulgação
O ano de 2023 foi histórico para os mercados. Os retornos dos títulos americanos atingiram os maiores níveis em 15 anos e a primeira empresa de inteligência artificial a alcançar um valor de trilhões de dólares foi justamente reconhecida. A robustez da economia americana, apesar das altas taxas de juros, gerou certa confusão nos mercados.
Neste início de um novo ciclo, observo o que o mercado denomina “um novo mundo”, marcado por incertezas econômicas e instabilidades geopolíticas, mas também por mudanças tecnológicas significativas.
À medida que esse novo mundo se desenvolve e considerando que as tendências de desglobalização, demografia, digitalização, descarbonização e dívida impactam cada vez mais as economias e os mercados, antecipamos uma onda de inovações nos setores de tecnologia, energia e saúde. Nesse contexto, o sucesso dos investimentos será impulsionado pela identificação dos “líderes da inovação” e das oportunidades de investimento associadas, tanto nos mercados públicos quanto nos privados.
No cenário brasileiro, há uma cautela maior com as contas públicas, mas um cenário externo robusto deve manter o país nos trilhos. Segundo Caio Megale, economistachefe da XP Investimentos, foi projetado um crescimento econômico mais fraco, inflação mais baixa e uma taxa de câmbio relativamente estável nos próximos meses, o que deve permitir ao Banco Central reduzir a taxa básica de juros. Contudo, as incertezas fiscais permanecem elevadas e podem limitar o espaço para flexibilização monetária no próximo ano. A pressão política pode aumentar, causando alguma volatilidade no mercado. Mas não projetamos uma deterioração nos fundamentos econômicos ou nos preços dos ativos financeiros.
Nos EUA, o ano de 2024 será marcado pela corrida eleitoral. As eleições determinarão o próximo presidente, renovarão todas as vagas na Câmara de Representantes e um terço do Senado. O resultado poderá significar a continuidade do governo atual ou uma mudança de direção no país.
Portanto, sou otimista e entusiasta em relação ao Brasil. Quanto aos ativos, especialmente a Bolsa, espero que o ciclo de flexibilização monetária continue em 2024. Vejo também várias oportunidades na Renda Fixa, nos Fundos Imobiliários e Listados, assim como nos fundos Alternativos.
Acredito que o foco na qualidade será recompensador em 2024. Com a queda das taxas, esperamos que os títulos de qualidade ofereçam renda atraente e valorização de capital. Além disso, uma assessoria e gestão de qualidade farão a diferença no seu patrimônio, visando o longo prazo. Governos e crises vêm e vão, mas o tempo e uma gestão estratégica premiam a paciência.
Jonei Junior Lazaretti é assessor de Investimentos Minas Capital/Xp Investimentos. Certificações: Ancord e CPA 20. Mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, passando por instituições como Sicredi, Santander e Caixa Econômica Federal. Especialista em atendimento private reconhecido pela própria Xp Investimentos
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