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Foto do escritorPalmira Ribeiro

No Dia Mundial do Queijo, Emater publica catálogo com informações de produtores e receitas

Material conota com informações de 74 queijos produzidos em Minas e oito receitas de chefs.


Por Marcelo Varella/Emater-MG Fotos: Divulgação Emater-MG

Para celebrar o Dia Mundial do Queijo, comemorado no último 20 de janeiro, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) lançou um catálogo em que apresenta o que há de melhor do Queijo Minas Artesanal (QMA), que é reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial Brasileiro.


No material é possível encontrar informações de 74 queijos produzidos no estado, sendo que em cada um deles você verá descrição das características, a região de origem, o município, as redes sociais e contato dos produtores, quais são os queijos que já foram premiados, além de oito receitas feitas por um chef de cozinha convidado para cada região.


“O catálogo é voltado para quem quer comprar o Queijo Minas Artesanal. Pode ser um consumidor diretamente ou um lojista, dono de um empório, por exemplo, que agora tem o contato dos produtores deste queijo”, afirma a engenheira de alimentos do Departamento Técnico da Emater-MG, Fernanda Faria Quadros.


Ainda conforme Fernanda, a participação dos produtores no catálogo partiu de um convite feito pela Emater-MG. “Foi feito um convite aos produtores de Queijo Minas Artesanal que são atendidos pela Emater, nas diversas regiões caracterizadas no estado. Um outro pré-requisito foi que esses produtores tivessem inspeção sanitária em suas queijarias, podendo ser de algum órgão municipal, estadual ou federal”, disse.

Os queijos do catálogo foram divididos por regiões caracterizadas como produtoras de Queijo Minas Artesanal:

  • Araxá;

  • Campo das Vertentes;

  • Canastra;

  • Cerrado;

  • Serra do Salitre;

  • Serras da Ibitipoca;

  • Serro e

  • Triângulo Mineiro.

Segundo a Emater, os queijos das regiões de Diamantina e da Entre Serras da Piedade ao Caraça, que foram recentemente reconhecidas, farão parte na próxima atualização do catálogo, em que também contará com dois queijos de regiões ainda não caracterizadas.


Queijo Minas

O Queijo Minas Artesanal é produzido no estado desde o século 18, uma herança dos colonizadores portugueses. O modo de fazer foi passado entre gerações, mantendo suas características peculiares. Ele precisa ser feito a partir do leite integral de vaca fresco e cru, retirado e beneficiado na propriedade de origem. O queijo deve apresentar consistência firme, cor e sabor próprios, massa uniforme, isenta de corantes e conservantes. Na fabricação, além do sal e do coalho, é utilizado o pingo: um fermento natural extraído do soro da produção de queijo do dia anterior.


Ações da Emater

A Emater-MG desenvolve, junto aos produtores, um extenso trabalho para garantir as boas práticas de produção e ampliar o mercado do Queijo Minas Artesanal. Entre as ações da empresa, estão a capacitação de técnicos e produtores, as orientações para a regularização sanitária das queijarias, a promoção da comercialização e a melhoria das embalagens.


A empresa também realiza concursos municipais, regionais e estadual com o objetivo de incentivar a produção de queijos de qualidade. Os produtores premiados obtêm maior valorização do queijo e conquistam novos mercados.


Em novembro de 2022, a Emater também integrou uma missão brasileira ao Marrocos para participar de um encontro da Unesco. O objetivo foi sensibilizar as delegações presentes sobre a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial de Humanidade. Após o encontro no país africano, foi dada sequência aos trâmites necessários para a formalização da candidatura. Uma das etapas é o encaminhamento de um dossiê ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que o entregará em seguida à Unesco. A avaliação final da candidatura será feita até 2024.




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