A busca do registro veio após estudos comprovarem que o produto possui potencial terapêutico.
Foto: Coopemapi
O mel de aroeira produzido no Norte de Minas recebeu o registro de Indicação Geográfica (IG), na espécie Denominação de Origem, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A conquista marca um novo capítulo na produção deste mel típico da região que, até pouco tempo, era menos valorizado do que o mel silvestre.
Segundo o presidente da Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi), Luciano Fernandes de Souza, a motivação para a busca do registro surgiu após a realização de estudos que comprovaram o potencial terapêutico do produto. “O mel de aroeira da região é diferente, escuro e tinha pouco valor agregado, mas as pesquisas de caracterização comprovaram grande presença de compostos fenólicos com ação antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana, resultando num produto diferenciado entre os méis produzidos no Brasil.”, explica.
O assessor técnico especial da Apicultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Frederico Ozanam de Souza, explica que o mel de aroeira recebe este nome porque as abelhas retiram o néctar da planta Myracrodruon urundeuva, um tipo de aroeira, vegetação predominante em regiões de mata seca, caracterizadas pelo clima árido e precipitação anual baixa, além de solos com baixa acidez e altas quantidades de cálcio.
Fonte: Secretaria da Agricultura / Márcia França (Ascom/Seapa)
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