Saiba como evitar que elas apareçam ou piorem nos meses mais frios do ano.
Por Adriana Bernardes | Serifa Comunicação
Fotos Divulgação
A queda de temperatura no outono e inverno pode deixar a pele mais seca e vulnerável a alergias e outros problemas inflamatórios, trazendo algumas doenças que podem surgir ou até piorar nos meses mais frios do ano. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), a baixa umidade do ar e a temperatura em queda proporcionam uma diminuição na transpiração corporal. Com isso, o ressecamento fica mais elevado.
Doenças mais comuns
De acordo com a dermatologista Anna Laura Peppe, da Clínica Audatti, em Uberlândia, algumas doenças de pele comuns no consultório, nesta época do ano, são Dermatite Atópica, Psoríase, Ictiose e Dermatite Seborreica (caspa). “São doenças que ressecam a pele ou que têm o ressecamento como característica ou parte dos sintomas associado a coceira, sensibilidade e descamação da pele”, explica.
Dermatite atópica
É uma doença crônica, hereditária, não contagiosa e de caráter reincidente, mais frequente em crianças, especialmente as que já sofrem com doenças respiratórias crônicas e, portanto, têm sua barreira de proteção natural bem reduzida. As lesões na pele aparecem normalmente na região posterior dos joelhos, pescoço e dobras dos braços, levando ao ressecamento, coceira e até pequenas e numerosas lesões avermelhadas. A solução é investir na utilização intensa de hidratantes com o intuito de reparar a barreira cutânea.
Dermatite seborreica
A famosa caspa do couro cabeludo são placas avermelhadas que descamam podendo também atingir a pele do rosto, tronco e costas, provocando coceira intensa. A doença não é contagiosa e entre os sintomas estão oleosidade na pele e no couro cabeludo, escamas brancas que descamam, escamas amareladas que são oleosas e ardem, coceira, leve vermelhidão e possível perda de cabelo, caso cronifique e não seja controlada. O problema aumenta com o hábito dos longos banhos quentes durante o inverno, porque provoca a desidratação da pele, que intensifica produção de óleos, gerando o famoso efeito rebote.
Psoríase
É uma doença inflamatória crônica e não contagiosa que acomete a pele, unhas, couro cabeludo e, em alguns casos, até as articulações. Os sintomas variam de paciente para paciente, mas costumam ser placas vermelhas grosseiras com escamas secas esbranquiçadas, pequenas manchas brancas ou escuras residuais póslesões, pele ressecada e rachada, coceira, queimação e dor, inchaço e rigidez nas articulações, unhas grossas, descolados e com depressões puntiformes. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com a piora dessa doença e predisposição genética também pode ser um fator de risco.
Ictiose
É um grupo de doenças de pele em que há o ressecamento intenso da mesma. Costuma aparecer logo após o nascimento, geralmente no primeiro ano de vida. Pode apresentar ressecamento e descamação, podendo ser fina ou intensa. As áreas mais comuns são os membros, rosto e couro cabeludo.
Prevenção
Para evitar o surgimento ou piora de quadros dessas doenças a orientação é hidratar bastante a pele. Ainda de acordo com a dermatologista Anna Laura Peppe, hábitos simples, como evitar banhos quentes e demorados, buchas vegetais ou esfoliantes, usar toalhas macias e sabonetes hidratantes que respeitem o pH da pele, fazer uso de hidratantes logo após o banho, investir em uma alimentação saudável, rica em vitaminas, antioxidantes e bastante líquido, são medidas que ajudam a preservar o filtro protetor da pele.
( Foto: dermatologista Anna Laura Peppe )
“Algumas dessas doenças são crônicas e precisam ser acompanhadas para prescrição medicamentosa adequada. Neste caso é importante procurar um dermatologista para o acompanhamento necessário”, pontua Anna Laura.
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