Pelo Brasil afora vêm sendo pensados e executados projetos dessa natureza.
Por Rosane Viola | Advogada e Jornalista
Foto Divulgação
Imagine-se caminhando por uma “rua inteligente”, ou melhor, por uma rua interativa. Você anda pela via e recebe no seu smartphone, via Bluetooth, informações sobre produtos e serviços existentes no local. Pensar no conceito de cidades inteligentes é adentrar no conceito de tecnologia das coisas. O objetivo é tornar os espaços urbanos mais conectados e participativos, seguros e eficientes para os cidadãos e, portanto, sustentáveis. Essa é a premissa das “smarts cities” ou cidades inteligentes, em português.
As cidades inteligentes são localidades planejadas para a perfeita integração de moradores e empresas. Os projetos buscam mais qualidade de vida, o que gera um círculo virtuoso, incluindo um ambiente favorável para a proliferação de negócios e moradias.
Pelo Brasil afora vêm sendo pensados e executados projetos dessa natureza. Muitos, sem alarde, implantados apenas como projetos de revitalização urbana. O centro da cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, é um local com enorme potencial para receber um projeto sustentável, com a implantação de calçadões, por exemplo. A região sofre com a falta de
um planejamento moderno e eficiente para atender as expectativas de uma população que beira 800 mil pessoas, de acordo com o censo 2021 do IBGE. A ideia existe, mas ainda não saiu do papel.
Numa cidade inteligente seriam evitadas aglomerações em transporte público e existiriam mais áreas seguras de circulação, sem automóveis, com a criação de calçadões e ciclovias. Além disso, o conceito “smart cities” já começa a provocar uma revolução no mercado imobiliário no país. Os bairros inteligentes, autônomos e eficientes irão impactar fortemente a indústria automobilística, os serviços de transporte, a infraestrutura e diversas outras áreas.
Já é possível notar que as redes de supermercados e farmácias têm optado por lojas de pequeno porte em pontos variados com o propósito de proximidade com a clientela. Na opinião de especialistas, o mercado imobiliário só tem a ganhar nas regiões que adotarem as soluções trazidas pelas cidades inteligentes.
“Um empreendimento localizado em uma área mais conectada e segura tende a ter um valor imobiliário maior. Isso cria diferenciação”, aponta Beto Marcelino, sócio-diretor do iCities, empresa especializada em soluções para cidades inteligentes.
A revolução não para por aí. As smart cities não são as únicas novidades no meio imobiliário. As casas inteligentes, com tecnologias de automação, têm se tornado cada vez mais populares. Desse modo, surgem como opção para corretores atraírem novos clientes.
Nas cidades inteligentes, os profissionais do mercado imobiliário terão ao seu dispor uma ampla gama de possibilidades que irão se transformar em oportunidades. Se tornar um corretor digital, por exemplo, pode ser uma alternativa de carreira interessante. A internet nos mostra que contatos presenciais não constituem a única forma de negócios.
O que são cidades inteligentes?
A inteligência é uma qualidade muito valorizada no ser humano. Uma pessoa inteligente é aquela com a capacidade mental/intelectual para buscar e encontrar soluções para problemas que parecem complexos. E esse é justamente o ponto que as smart cities têm como objetivo atingir. Elas são conglomerados urbanos que utilizam a tecnologia como meio para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. Isso também inclui a valorização de um aspecto ignorado durante anos de desenvolvimento urbano: o meio ambiente.
Cidades inteligentes significam cidades sustentáveis. Com a implantação das cidades inteligentes todos ganham: os cidadãos, o poder público, as empresas e a natureza, sem dúvida!
Fonte: BLUEPRINT / Sistema COFECI.CRECI Conselho Federal de Corretores de Imóveis / CONNECTED SMART CITIES
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*Rosane Viola é advogada e jornalista
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