Résia Morais fala sobre como ela pode ser utilizada como instrumento direto no diagnóstico do paciente.
Por Résia Morais Fotos Arquivo Pessoal | Divulgação
Muito se fala da inteligência e no quanto ser ou desenvolver a inteligência se tornou essencial na vida das pessoas. Mas não estou falando da nossa inteligência racional, trivial, porém eficaz para um adequado desenvolvimento humano. Estou falando daquela inteligência capaz de fazer coisas que a maioria do ser humano não é capaz de fazer ou não foi treinado para fazer. A psicologia, assim como uma profissão da área de saúde, compõe a ciência que estuda e analisa o comportamento humano e seus processos mentais e assim busca compreender melhor sua funcionalidade intelectual e mental. É na psicologia que colocamos razão e emoção em um só tubo de ensaio para pesquisa.
Os psicólogos e os psiquiatras são muito bons em entender os comportamentos, as motivações, as capacidades e as limitações perceptivas e cognitivas das pessoas. Eles possuem uma inteligência que conseguem desenvolver muito bem toda uma avaliação através de vários sinais e sintomas expostos pelos pacientes. Não é em uma simples conversa que aconteceu o processo de avaliação psicoterapêutica, mas foi através de uma conversa muito bem conduzida pelo profissional da saúde que foi possível acessar todos estes sinais e sintomas alterados.
Diante deste cenário, a tecnologia da Inteligência Artificial é uma grande promessa para transformar a saúde mental em uma área mais acessível aos diagnósticos psíquicos e comportamentais. Portanto, a Inteligência Artificial (IA) nada mais é do que algoritmos que o computador aprende para classificar indivíduos em distintas categorias. Por exemplo, quando o paciente fala das suas dores e conta da sua semana, essas informações são ferramentas que dão ao profissional a capacidade de classificar as pessoas em determinadas situações.
E se tivermos um algoritmo que possa fazer essa classificação? Nos últimos cinco anos, grandes pesquisas em torno da avaliação psicológica com IA conseguiram atingir resultados similares ou melhores que o comportamento humano ao padronizar e coletar certas variáveis não observadas em outros sistemas de análise psicométrica.
Dessa forma, avanços nas áreas de reconhecimento de imagens, de voz, tradução de textos, chat bots, entre outros, são exemplos de IA, de algoritmos computacionais construídos com a capacidade de autoaprimoramento por meio do treinamento. Em suma, a inteligência artificial pode ser utilizada como instrumento direto no diagnóstico do paciente. Nas próximas matérias iremos discutir mais sobre essa realidade da Psicologia com a IA.
Résia Silva de Morais, CRP-MG 04/31203 - Doutoranda em Ciências - UFU. Profª. Psicóloga Clínica em TCC e Psicopedagoga UFU, Especialista em Terapia de Casal, Família e Hospitalar, Mestre em Psicologia da Saúde UFU
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